quinta-feira, 16 de abril de 2015

Introdução à Gerência de Projetos

Para quem tem interesse em conhecer um pouco mais sobre Gerência de Projetos ou de como Gerenciar, abaixo está disponibilizado trabalho acadêmico que serve para melhor entendimento sobre a área, métodos que abrange, bem como especificar passo a passo do processo produtivo, escrito de forma que qualquer pessoa mesmo que não entenda sobre o assunto, possa absorver as informações.
 

Vamos aprender?!  

Gerência de Projetos

 

O que é um projeto?
 
  • Conjunto de atividades realizadas em um determinado tempo;
  • Realizados geralmente em grupos;
  • Destinada a realização de um produto, serviço ou resultado exclusivo solicitado por um cliente;
  • A sua realização pode solucionar problemas ou diminuir/eliminar déficits;
  • —Precisa ser planejado, programado e controlado.
  • —Basicamente um projeto é como se fosse um empreendimento.

O que é gestão de projetos? 

  • É a aplicação de técnicas, conhecimentos, habilidades e ferramentas garantindo que o projeto seja bem sucedido, sendo que as suas atividades serão executadas de forma efetiva e eficaz;
  • —Obedecendo prazos, seguindo custos definidos e fazendo com que a qualidade seja imprescindível;
  • —O gerente de projetos é a pessoa responsável pela realização dos objetivos do projeto;
  • —Em termos gerais trata-se da iniciação, planejamento, execução, controle e fechamento de projetos.

Etapas de um projeto 

Os projetos normalmente têm 05 (cinco) etapas, tais são:

  • Iniciação: é a etapa em que se obtêm os dados do projeto a ser executado, é definido o escopo inicial e os recursos financeiros começam a ser comprometidos, sendo que nessa definição será verificado se o projeto terá condições de continuar, ser adiado ou interrompido.
  • Planejamento: nesta etapa é definido o escopo do projeto, apura os objetivos, desenvolve metas para que os objetivos sejam alcançados, define os prazos, aloca os recursos e o custo. Para a realização desta etapa poderá ser aplicada o Princípio de Pareto. 
  • Execução: é a etapa em que é executado o plano definido na apuração dos dados, durante a execução deste poderá ser necessário atualizar o planejamento e alterar alguns planos de gerenciamento. 
  • Controle: esta etapa é responsável por acompanhar, revisar e regular o desempenho e o progresso do projeto, fazendo a identificação das áreas que serão necessárias alterações e posteriormente iniciar tais mudanças. 
  • Conclusão/Encerramento: é a etapa responsável pela finalização de todas as atividades de cada processo, isto inclui a aceitação do cliente, revisão pós-projeto, documentar lições aprendidas, atualizar ativos do processo e arquivar documentos relevantes.

As variáveis principais 

—As 03 (três) principais variáveis, também denominadas como tradicionais são:



Tempo + custo + escopo = qualidade

  • Escopo: são as necessidades do projeto que devem ser atendidas, isso contempla todas as etapas que levarão ao sucesso do projeto, sempre visando a qualidade total. Sua relação está diretamente ligada com a definição e o controle do que está ou não incluso no projeto.
  • Tempo: é a descrição da carga horária dos processos exigidos para o término do projeto, garantindo que seja cumprido o prazo definido em um cronograma de atividades.
  • Custo: este processo fornece orientação e instrução de como os custos serão gerenciados, é o momento no qual se estabelece as políticas, os procedimentos e a documentação necessária para o planejamento, gerenciamento, despesas e controle dos custos do projeto. Isto inclui estimativas, orçamentos e controle de custos.

PMI (Project Management Institute)
 

O PMI é uma associação sem fins lucrativos bastante antiga fundada em 1969, que tem como objetivo reunir profissionais da área de gerenciamento de projetos para trocarem experiências e conhecimentos, identificar e reunir boas práticas de gerenciamento de projetos, estabelecer uma ética na profissão e certificar profissionais da área.

PMBOK (Project Management Body of Knowledge)

O PMBoK é um guia que oferece uma visão geral sobre o gerenciamento de projetos. Por se tratar de um guia, não encontramos informações ou descrições completas nele e sim explicações bastante vagas, por isso muitas vezes é um pouco complicado entender o guia PMBoK. Outra característica importante é que o PMBoK oferece um vocabulário comum que foi identificado pelos profissionais da área. O Guia PMBoK é um guia de boas práticas.

Para que serve ser credenciado pelo PMI


A credencial PMI-RMP (PMI Risk Management Professional) atesta que o profissional tem habilidades específicas para avaliar e identificar os riscos dos projetos, além de mitigar as ameaças e aproveitar as oportunidades trazidas pelos riscos. O credenciado PMI-RMP também possui um nível básico de competência nas demais áreas que compreendem o gerenciamento de projetos. Empregadores podem confiar nas habilidades e na experiência dos certificados PMI-RMP para contribuir de forma decisiva com o bom desempenho dos projetos.

Como fazer para ser credenciado pelo PMI


O primeiro passo é preencher e submeter o formulário “online application”, no qual o candidato informa seus dados pessoais e fornece detalhes sobre sua experiência profissional. O formulário deve ser enviado em até 90 dias a partir do início do preenchimento. Após o envio, o PMI tem 5 dias para avaliar os dados enviados e, na sequência, permitir que o candidato faça o pagamento. Após o pagamento é possível que a inscrição seja selecionada pelo processo de auditoria. Nesse caso o candidato deve enviar pelo correio os documentos solicitados em até 90 dias. A etapa seguinte é o agendamento do exame de certificação. O agendamento pode ser realizado em até 1 ano depois da aprovação do “online application”. O candidato aprovado no exame obtêm a credencial PMI-RMP.


Modelos matemáticos
 

1. PERT (Program Evaluation and Review Technique)

Este modelo é utilizado para elaborar estimativas comprovativas e gerenciar melhor os projetos.

—Esta técnica consiste em descobrir a duração de uma atividade baseando-se em três estimativas: Otimista (O), Pessimista (P) e Mais Provável (MP), a combinação delas pondera as incertezas e riscos envolvidos no projeto.
—É necessário obter a estimativa O, P e MP com os especialistas.
Considerando que:
Otimista = É o cenário perfeito, onde tudo dá certo.

Pessimista = É o pior cenário, onde tudo vai dar errado.
Mais Provável = É um cenário razoável, onde tudo ficará dentro da normalidade, sem grandes surpresas (nem boas nem ruins). 

Faz-se então o cálculo com a seguintes fórmulas:  
PERT = (Pessimista + 4 x Mais provável + Otimista)
       6

Desvio Padrão: Pessimista – Otimista
                       6
 
Variância: ((Pessimista – Otimista)) ²
               6

Estas fórmulas aplicam um peso maior para a estimativa Mais Provável, mas não deixa de considerar as estimativas Pessimista e Otimista.
Dependendo de como será o projeto a ser desenvolvido, pode-se alterar os pesos entre as estimativas, porém os pesos não podem ultrapassar um total de 6 (seis).

 2. Modelo Crítico (CPM - Critical Path Method)
 

Este método é utilizado na fase de planejamento do projeto, ele é de suma importância, pois leva ao conhecimento da duração do projeto, ou seja, o caminho mais longo que irá tomar, sendo assim, isto se torna crítico visto que irá afetar a duração final do projeto.
Ajuda a desenhar graficamente a representação do projeto, mostrando a sequência lógica das atividades e as atividades que podem ser ou não feitas simultaneamente. 
Para a identificação e criação do diagrama segue-se os seguintes passos:
  • Identificar Atividades
  • Identificar sequências e dependências
  • Desenhar diagrama de rede das atividades
  • Estimar duração de atividades
  • Identificar o caminho mais longo no diagrama de rede (critical path)
  • Monitorizar e atualizar o progresso do projeto
Exemplo:
Encontre todos os caminhos ao longo do diagrama de rede que representa o projeto;
Para cada uma das sequências de atividades que encontrou, adicione a duração das respectivas atividades.

Selecione a sequência mais longa.
 

Possíveis sequências no projeto:

Calcula a duração do caminho crítico do seu projeto a partir da soma da duração das atividades de cada caminho possível.





Caminho 1= A + B + D= 15 + 45 + 10 = 70 "CAMINHO CRÍTICO"
Caminho 2 = A + C + D = 15 + 30 + 10 = 55
Caminho 3 = A + C + E = 15 + 30 + 5 = 50

Princípio de Pareto
 

O Princípio de Pareto afirma que existe um forte desequilíbrio entre causas e efeitos, entre esforços e resultados e entre ações e objetivos alcançados. Afirma também que, de uma maneira genérica 80% dos resultados que obtemos estão relacionados com 20% dos nossos esforços. Ou seja, uma minoria de ações leva a maior parte dos resultados, em contrapartida, a maior parte das ações leva a menor parte dos resultados.
Histórico
 

  • Microsoft Project
> 1984: Foi iniciado em um ambiente DOS. Uma tentativa que tentasse facilitar o controle de tarefas e projetos.
> 1985: Foi incorporado pela Microsoft, em sua versão 2.0, ainda rodando em DOS
> 1995: Foi apresentado como Microsoft Office Project, apesar de nunca ter sido incluído em um pacote
> 2003: Passou a oferecer recursos adicionais de programação dinâmica, novos assistentes, espaços de trabalho compartilhados e com as marcas inteligentes, bem como reforço no Help
> 2007: Tornou o produto mais robusto, alterou os formatos de arquivos, e integrou ao Sharepoint , e evoluiu muito com o Project Server (versão de servidor de projetos, criado junto com a versão 2003)

> 2010: Ele inclui melhorias avançadas inéditas de agendamento, gerenciamento de tarefas e modo de exibição que dão um maior controle sobre a maneira como você gerencia e apresenta seus projetos.
> 2013: 

- Aparência nova;
- Pode ajudar a: Exibir dados de projetos com um conjunto totalmente novo de relatórios personalizáveis.
- Conversar com a equipe sem deixar o Project usando os recursos internos do Lync.
- Rastrear caminhos de tarefas para organizar um Gráfico de Gantt bagunçado.


  • Serena Open Project
> 2007: Desenvolvido pela Projity, executado em plataforma JAVA, permitindo ainda que seja executado em diferentes sistemas operacionais
> 2008: Saiu do beta com a liberação da versão 1.0. No final de 2008 a Projity foi adquirida pela Serena Software.
> 2009: A partir do início de 2009 o suporte para o OpenProj e a comunicação sobre seu desenvolvimento parecem terem sidos suspensos.
> Atualmente: A versão atual inclui:
- Custo do Valor agregado
- Gráfico de Gantt
- Gráfico PERT
- Gráfico de Estrutura analítica de recursos (EAR)
- Relatórios de uso da tarefa
- Gráfico de Estrutura Analítica de Projeto (EAP)

Bibliografia
 

PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. O que é Gerenciamento de Projetos?. Disponível em <https://brasil.pmi.org/brazil/AboutUS/WhatIsProjectManagement.aspx>. Acesso em 26 de fevereiro de 2015.
LUCIO, Valber. Modelagem de Projetos- O que é um projeto ?. Disponível em <http://valberlucio.com/modelagem-de-projetos-o-que-e-um-projeto/>. Acesso em 26 de fevereiro de 2015.
TRISTACCI, Carlos. O que é um Projeto?. Disponível em <http://www.carlostristacci.com.br/blog/projeto/>. Acesso em 26 de fevereiro de 2015.
GERVAZONI, Thiago Pastorello. Conceitos Básicos de Gerenciamento de Projetos. Disponível em <http://www.linhadecodigo.com.br/artigo/1167/conceitos-basicos-de-gerenciamento-de-projetos.aspx>. Acesso em 26 de fevereiro de 2015.
MEDEIROS, Higor. Grupos de Processos segundo o PMBoK. Disponível em <http://www.devmedia.com.br/grupos-de-processos-segundo-o-pmbok/27106>. Acesso em 26 de fevereiro de 2015.
ENAP. Gerência de Projetos - Teoria e Prática. Disponível em <http://repositorio.enap.gov.br/bitstream/handle/1/1109/GerenciaDeProjeos_modulo_2_final_.pdf?sequence=1>. Acesso em 26 de fevereiro de 2015.
MEDEIROS, Higor. Introdução ao PMI, PMBoK e ao PMP. Disponível em <http://www.devmedia.com.br/introducao-ao-pmi-pmbok-e-ao-pmp/27110>. Acesso em 26 de fevereiro de 2015.
ARCHIMEDES. PMI Risk Management Professional (PMI-RMP). Disponível em <http://archimedes.ne10.uol.com.br/2012/02/07/pmi-risk-management-professional-pmi-rmp/>. Acesso em 26 de fevereiro de 2015.
SILVA, Kelli Aparecida Bez Batti da. Utilizando a técnica PERT em projetos. Disponível em <http://www.teclogica.com.br/blog/utilizando-a-tecnica-de-pert-em-projetos/>. Acesso em 27 de fevereiro de 2015.
GESTÃO DE PROJETOS. Método do Caminho Crítico (CPM). Disponível em <http://www.gestaodeprojetos.com.pt/index.php/tempo-todos-os-artigos/111-metodo-do-caminho-critico-cpm>. Acesso em 27 de fevereiro de 2015.
COLUNISTA PORTAL EDUCAÇÃO. O PRINCÍPIO DE PARETO. Disponível em <http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/26313/o-principio-de-pareto>. Acesso em 27 de fevereiro de 2015.
RAMIRES, Ronaldo S. Uma breve introdução ao Microsoft Project. Disponível em <http://www.ativoaccess.com.br/mostra.artigo.php?artigo=93>. Acesso em 27 de fevereiro de 2015.
MICROSOFT OFFICE. Novidades no Microsoft Project 2010. Disponível em <https://support.office.com/pt-br/article/Novidades-no-Microsoft-Project-2010-25537a7a-abf8-4a01-bddf-d2bab3f063e2#top>. Acesso em 27 de fevereiro de 2015.

WIKIPEDIA. OpenProj. Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/OpenProj#cite_note-IW200710-1>. Acesso em 27 de fevereiro de 2015.

Que nós possamos ter contribuído com seu aprendizado, nos vemos na próxima postagem!!




"Se quisermos alcançar resultados nunca antes alcançados, devemos empregar métodos nunca antes testados" (Francis Bacon)
 Trabalho Acadêmico relacionado à matéria de Gerência de Projetos do Curso de Sistemas de Informação da FAZU (Faculdades Associadas de Uberaba) da graduanda Kelly Borges da Silva do 6º período

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